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Mostrando postagens de março, 2020

Com muito amor e rigor: uma execução penal humanizada é possível

Neste mês de março de 2020 encerro o ciclo mais desafiador, difícil e encantador de meus 25 anos de carreira como Juiz de Direito. Refiro-me à designação que recebi para ser o primeiro Magistrado responsável pela Vara Regional de Execuções Criminais de Pelotas, missão que encerro no próximo dia 11 de março, quando terei exercido a jurisdição dessa unidade por 21 meses. O desafio e a dificuldade residem na complexidade de se garantir uma adequada execução de pena a cerca de 3.000 pessoas humanas privadas da liberdade, segregadas nas cinco casas prisionais da região nos municípios de Pelotas, Rio Grande, Camaquã, Canguçu e Jaguarão. O encantamento floresce da possibilidade de, com amor e compaixão, auxiliar-se homens e mulheres a recomeçar uma vida nova, a experimentar oportunidades que muitos nunca tiveram, como as possibilidades de ler, estudar, trabalhar, aprender um ofício, conhecer a espiritualidade. Nesses 21 meses enfrentamos muitas dificuldades, especialmente...